Profissão
- Alessandra Perale
- 1 de nov. de 2019
- 2 min de leitura
Falar de uma nova profissão ainda é difícil, porque na verdade a profissão não é nova e sim o meio que ela é exercida. Sou advogada e atuo na área há quase 10 anos, os quais passei por algumas empresas e obtive muita experiência. Sou grata por tudo que aprendi durante esses anos e claro que ainda não me acho capaz de lidar com as dificuldade profissionais sozinha, mas acredito que é por conta de todas essas mudanças físicas e emocionais que me tornaram frágil ao mundo.
Acredite que demorei muito para decidir abrir, ou melhor, iniciar as atividades como advogada autônoma.
Como tudo no inicio é difícil o trabalho não fica fora disso, não dá para medir se é mais ou menos difícil que todo este recomeço na minha vida, digo que é tão difícil quanto.

Não vou falar do meu currículo, deixo aqui o link do meu Linkedin que lá sim está toda a minha vida profissional desenvolvida até aqui.
https://www.linkedin.com/in/alessandra-araujo-1a172814
Neste blog vou compartilhar esse recomeço, aos 40 anos, como mãe, nova esposa, filha, amiga, vítima do mundo corporativo extremamente competitivo e cruel.
O dia que deu início a esta nova etapa, foi o dia em que eu estava no auge da minha tristeza e frustração profissional, resolvi pedir socorro a alguém fora do meu contexto, mas de confiança, que me conhecia, e sabia um pouco da minha história. Meu Pastor, Ernesto.
Na verdade eu precisava de palavras fortes de incentivo, mas eu não tinha noção disso. Ele foi muito enfático e claro : " pegue seu calendário. Pronto, na segunda-feira, dia 19 de março, você irá acordar, tomar seu banho, ajeitar as coisas da Emanuele, vestir seu salto e sair. Não sabemos para onde você vai e o que você irá fazer, mas você irá. Ok?"
Foram as palavras mais encorajadoras que recebi nesta fase da vida, parece sem sentido, sem direção, mas foram as mais certeiras e decisivas para mim.
Foi então o que fiz, na segunda-feira calcei meu salto e sai. No carro fiz minha oração: "Pai, não sei para onde vou, o que vou fazer, não sei o que vou falar, mas eu vou. Peço que me guie e me oriente no que fazer e falar, pois não tenho nada a oferecer, apenas minhas mãos e conhecimento."
Claro que chorei, e lá fui eu!
Primeiro local que parei foi a imobiliária de um colega da época da minha empresa, ele me recebeu com muito carinho, tome café, rimos um pouco, e claro que falei da minha filha. Ao final me coloquei a disposição, por mais que eu sabia que ele já tinha advogado na sua empresa, coloquei meu cartão em sua mão.
Fui para a segunda imobiliária, a mesma coisa. A terceira, também muito bem recebida.
Percebi que as pessoas queriam mais saber de mim, por onde eu andava, como eu estava, do que eu delas. Isso me fez sentir bem, pelo menos as pessoas tinham a curiosidade de saber como eu estava. Me senti amada!
Deu tudo certo.
Essa história só começou, hoje, dia 29 de novembro de 2019, já tenho meu escritório, minha página profissional, alguns clientes e muita garra para trabalhar!
Vamos que vamos!!
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